quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Peito, amor e apego


No domingo passado houve "mamaço" na minha cidade e esse evento tão lindo me despertou vontade de escrever sobre a amamentação. Escrever aquilo que eu gostaria de ter sabido antes do Ian nascer e que hoje eu compreendo por já ter vivido intensamente essa experiência tão mágica.

Dar de mamar é tudo de bom. É ato de amor, é troca de carinho e é também nutrição - em todos os sentidos.

Ainda durante a gestação, o corpo da mulher já começa a produzir o "nectar" dos seios. Nessa fase, a produção é de colostro, líquido um pouco diferente do leite materno e que nutrirá o bebê nos seus primeiros dias de vida.

Além do seu alto poder nutritivo, o colostro funciona como uma espécie de vacina - a primeira do bebê. Ele possui, ainda, propriedades laxativas e ajuda na eliminação do mecônio e no amadurecimento do sistema digestório do bebê.

Mas o poder do colostro não pára por aqui. Durante o trabalho de parto e nas horas que o seguem, ocorre grande liberação de ocitocina pela mamãe, o hormônio do amor. Por isso, além de garantir a nutrição e a saúde física do bebê, amamentá-lo nas primeiras horas de vida contribui para a formação do vínculo materno. Confere conforto, segurança e carinho a esse serzinho indefeso e assustado com o mundão aqui de fora.
 
E todo esse poder nutritivo e transcedental continua com a descida do leite.

O colostro, assim como o leite materno, devem ser oferecidos para o bebê em livre demanda - sempre que ele pedir, independente da frequência e da duração das mamadas. No peito, o bebê se alimentará e encontrará conforto e consolo contra quase todo incômodo. Por isso, não se atenha ao relógio, a tabelinhas e a técnicas de treinamento (adestramento) de bebês. Não perca sua energia tentando buscar outras respostas ou soluções para o choro do bebê quando teus instintos te indicam o peito, não negue a ti mesma e a teu bebê este bem tão precioso, busque um pediatra humanizado que coadune com os teus sentimentos em relação à amamentação e converse com o seu parceiro (aqui também vale a mãe, tia, sogra, irmã, amiga que esteja te ajudando) para obter dele todo o apoio do mundo. Enfim, entregue-se a essa missão tão sublime e encontre na amamentação momentos de prazer e de intimidade com o seu pequeno.

Amamentar garante a sobrevivência e saúde do bebê e, para além, faz-te amá-lo ainda mais. É mamando que o bebê sente todo o teu amor!



Dica: e se você tiver qualquer dificuldade para amamentar, procure ajuda profissional. Não desista! Eu tive, quase desisti, recebi ajuda de ouro e hoje me sinto enormemente privilegiada por nutrir meu bebê de corpo, alma e coração.

(Foto: Matusa)


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