quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Tenha tempo!



Sempre quando o assunto é o desejo de ter filho(s), a advertência  unânime e absoluta é: filhos custam dinheiro! Eu mesma tive isso em mente (e ainda tenho, no caso do segundo bebê), inclusive esperei a conquista de certa estabilidade financeira antes de me tornar mãe.

O que ninguém reflete a respeito, e que é ainda mais importante do que dinheiro, é que filho custa tempo. Tempo para nutrir, para cuidar, para educar, para brincar, para amar...

O Ian está com apenas 7 meses e é claro que, como um bebê novinho que depende da mãe para tudo, meu tempo de dedicação a ele, quando não estou no trabalho, é integral. O que já é de se esperar! Mas a dedicaçao não termina com o desmame, com os primeiros passos, com o desfralde, com a conquista das palavras. Não! A dedicação é para vida toda. Especialmente durante a infância, filho requer tempo dos pais, filho merece o tempo dos pais.

Há alguns meses estive no aniversário de um priminho do Ian. A festa durou dois dias e havia crianças de diferentes idades. Lá eu vi de perto pais se revezando, tal como faço hoje com o meu marido, para alimentar, cuidar e brincar com crianças de 1, 2, 3 anos. Pais que, mesmo depois de superada aquela fase bebê em que o filho não existe sem os pais, ainda estão ali integralmente dedicados aos seus pequenos.

Num mundo agitado como o de hoje, em que temos vidas adultas atribuladas pelo trabalho, por eventos sociais e até mesmo pela tecnologia, onde é comum contratar babás, matricular as crianças em escolas com turno integral ou em meia duzia de atividades extracurriculares e até utilizar "babás eletrônicas" como vídeo game e televisão para distrair as crianças, muitas vezes esquecemos que filho custa tempo antes de qualquer outra coisa e que devemos a eles nosso tempo pra sermos os pais que eles realmente precisam e merecem.

Não estou afirmando que a mãe ou pai deva parar de trabahar, nem que precise abdicar de toda vida social. Tampouco estou dizendo que pessoas muito "ocupadas" não devam ter filhos.  O que quero expressar, porque vivo na pele essa experiência, é que nossos pequenos precisam dos seus pais e que aqueles poucos minutos ou poucas horas depois que chegamos de um dia intenso de trabalho - e que nos sentimos tentados em sentar de pernas para cima no sofá e nos ocupar com a tv ou nossos iphones - precisam e devem ser dedicados aos nossos filhos.

Por isso, além de se preocupar com o custo financeiro de ter filho(s), reflita sobre o tempo que lhe custará e, se vc decidir encarar, mergulhe de cabeça e curta cada minuto.

Eu já refleti e assumi essa exigência. Hoje me sinto totalmente fusionada ao meu filho e, particularmente, estou amando cada segundo!


(Fotos: 1. iphone 2. R. P.)

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